No início de um novo ano lectivo, o mesmo velho problema da falta de manuais escolares!
Apesar de a comunicação social informar abundantemente que a causa reside nas editoras, são os livreiros que enfrentam os pais justamente indignados e da parte do ministério nem uma só palavra. Se a autoridade da concorrência não se preocupou com a concentração de editoras que, com o despedimento de pessoal experiente levou a esta situação, por que há-de o Ministério da Educação preocupar-se com estes «pormenores»? Afinal hoje correm os dias da revolução tecnológica e os manuais são facilmente substituídos por pens e Pcs...
Custa a compreender que o número de manuais existentes para cada disciplina seja tão elevado mas incompreensível mesmo é a falta de actuação do ministério responsável que deveria retirar às editoras incumpridoras o direito de continuarem a fornecer manuais.
Em tempos que já lá vão
mas não muito recuados
só havia instrução
para os mais afortunados.
Para poupar os cadernos
escrevia-se na lousa
quando, nos tempos modernos,
há outras preocupações
e a sonda que em Marte pousa
custa vários milhões.
Usa-se o computador
quase por tudo e por nada
depois chega-se a doutor
sem saber a tabuada.
. Outros lugares