. História: Viriato e as Ur...
A tarefa de alargamento do território está mais difícil do que pensava mas claro que não vou desistir; agora estou até a ser invadido pelo Regadio da Cova da Beira, destruidor na sua passagem e impeditivo de novas culturas e cuja utilidade muito se questiona por vir fora de tempo, depois de a agricultura estar praticamente liquidada. Parece-me que esta é mais obra de engenharia do que de utilidade pública mas vamos esperar para ver.
Numa altura em que muito se fala dos engenheiros, inscritos ou não na Ordem, e que nem sequer conseguem chegar a acordo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, os autores deste projecto devem considerá-lo tão importante que até me admiro de não estar incluído na lista das novas maravilhas que vão substituir as antigas sete. Aliás, para mim «maravilhas só há uma, a Lusitânia e mais nenhuma», pelo que aproveito para mostrar mais um texto do meu amigo Carlos sobre o assunto.
Maravilhas do Mundo
Noutras civilizações
sempre o homem quis fazer
obras grandes, construções
para afirmar o seu saber.
De todas que foram feitas
durante a antiguidade
sete foram as eleitas
para a posteridade.
Os reis ficaram mais ricos,
o povo foi explorado;
nada dura eternamente
tudo tem um fim marcado.
Algum tempo decorrido
a estátua de Zeus caiu,
o templo de Artemisa foi destruído,
o colosso de Rodes ruiu,
do mausoléu de Halicarnasso
não resta nem um pedaço,
o farol de Alexandria
desmoronou-se um dia
e os jardins da Babilónia,
já o rei estava decrépito,
tombaram sem cerimónia
mas com grande estrépito.
Sob a protecção milenar
de um esfíngico olhar
as pirâmides ainda lá estão
com danos de erosão
mas vivas, a recordar
os que participaram na construção.
Quem ali passar a pé
e tiver imaginação
verá na planície de Gizé
operários cobertos de pó
construindo o túmulo do faraó.
E em noites de lua cheia
se olhar bem poderá vê-los
protegendo-se da areia
deitados ao pé dos camelos.
Esses mesmos operários
que ergueram as maravilhas
foram pagos com salários
que eram pratos de lentilhas.
Maravilha mais marcante
segundo o meu juízo
é não passar um instante
do dia sem um sorriso.
Começar assim o dia
põe os outros bem dispostos
e como que por magia
alinda os feios rostos.
E se um homem se juntar
com amor a uma mulher
a maravilha maior
está prestes a acontecer.
É então que a vida nasce
e pelo mundo se repete
e esta simples maravilha
vale mais que as outras sete.
Porque me recuso a viver num país que fecha maternidades e abre clínicas de aborto, declarei a independência deste território e aguardo que outros adiram a esta causa. Hoje relembro um pouco da história de Viriato e apresento um texto do meu amigo Carlos B.
Viriato
Viriato foi o principal chefe dos lusitanos. Utilizando como estratégia a luta de guerrilha, depois de defender vitoriosamente as suas montanhas iniciou uma ofensiva e lançou contribuições sobre as cidades que reconheciam o governo de Roma.
Venceu os Romanos várias vezes, tendo em 140 a.C. infligido uma derrota decisiva ao novo cônsul Fábio Máximo Servilliano; nessa batalha morreram cerca de 3000 romanos e Servilliano conseguiu manter a vida em troca de promessas e garantias da autonomia dos lusitanos.
Em Roma esse tratado foi considerado humilhante e o Senado decidiu continuar a guerra contra os lusitanos.
O novo general Servílio Cipião, não conseguindo derrotar os lusitanos, foi obrigado a pedir a paz. Nesse processo enviou três comissários da sua confiança os quais subornaram os companheiros de Viriato que acabou por ser assassinado enquanto dormia.
Para saber mais, visite http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/teofilo.htm
Urgências
Ai, Maria, se tu fores
algum dia para a urgência
e a queixa forem dores
a receita é «paciência»!
Se o médico diz que opera
não te animes de mais
pois para a lista de espera
de certeza que tu vais.
Se fores mesmo à faca
e por especial favor
ficas deitada na maca
no meio do corredor.
Carlos B.
. Outros lugares