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Sábado, 10 de Maio de 2008

Emigração

 

Nos anos sessenta do século passado, um surto de emigração quase despovoou o interior do país e levou até França, principal destino migratório, muitos milhares de portugueses, sob o olhar complacente de Salazar que precisava das divisas como de pão para a boca.

De salientar que esse êxodo aconteceu como resultado da extrema pobreza do nosso país. Sozinhos ou ajudados por «passadores» que lhes levavam o coiro e o cabelo, muitos conseguiram chegar a um país onde havia trabalho e, embora em condições muitas vezes miseráveis, mostraram a fibra de que é feito este povo e conseguiram, à custa de muito sacrifício, uma vida que o seu país se recusava a dar-lhes.

 

No passado dia 5 o Diário de Notícias escrevia:

«Cinco milhões de portugueses vivem no estrangeiro, o que equivale a metade da população de Portugal. E, só nos principais países de destino europeu, a percentagem de emigrantes aumentou 52,6% entre 2000 e 2006, de 419 047 para 639 612, revela o Relatório Internacional sobre Migrações de 2007 da OCDE , a divulgar em Junho.»

 

É uma vergonha, 34 anos depois de Abril e após 22 de União Europeia, que tantos portugueses se vejam obrigados a emigrar por não terem na sua terra forma de sustentar as suas famílias!

 

Que estranho país é este cujos governantes se preocupam mais em fechar embaixadas do que proporcionar dignas condições de vida aos cidadãos nas suas próprias terras?

Deviam ter vergonha na cara e proporcionarem uma REDISTRIBUIÇÃO MAIS JUSTA da riqueza do país. Provavelmente enquanto os que vão ficando não se revoltarem e os puserem no meio da rua, isso jamais será feito.

 

publicado por Viriato às 20:55
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Sexta-feira, 25 de Abril de 2008

25 de Abril

Há já bastante tempo que não escrevo nada neste espaço, primeiro porque estive sem net vários dias, depois porque a ligação tem andado tão má que quase se torna impossível a sua utilização (mas a mensalidade não diminui) e finalmente porque tenho andado com pouca disposição; porém hoje, dia de aniversário deste blog, sinto-me na obrigação de dizer alguma coisa e o que tenho para dizer não pode deixar de ser relativo ao 25 de Abril. O 25 de Abril foi um dia inesquecível que jamais se deve apagar da nossa memória; abriu as portas da liberdade de expressão e associação, legalizaram-se os partidos políticos, terminou a guerra colonial… Estas mudanças acabariam por acontecer mais cedo ou mais tarde, mesmo sem a intervenção do MFA; aliás convém dizer que os militares de Abril desencadearam um golpe militar (estavam descontentes os capitães do quadro porque os milicianos progrediam mais rapidamente na carreira) e não um golpe político. Não admira por isso que esteja ainda por cumprir o 25 de Abril social. Se antes havia as grandes famílias que dominavam a economia e indirectamente o poder, hoje elas foram substituídas pelas grandes empresas e grupos económicos (veja-se quem está por trás delas). Se hoje somos um país mais desenvolvido isso deve-se, além do natural progresso decorrente do evoluir do tempo, aos fundos comunitários e aos impostos que carregam, sobrecarregam e quase esmagam uma classe média cada vez menos numerosa e menos florescente. Será possível aceitar-se uma discrepância tão grande de vencimentos entre os cidadãos de um mesmo país? Será isso uma inevitabilidade? Este assunto veio para as páginas dos jornais por influência do presidente da República mas depressa caiu no esquecimento porque não interessa a quem governa (e certamente também a quem escreve, pois caso contrário manteriam o assunto em discussão). Para que o 25 de Abril se cumpra não pode haver um fosso tão grande entre pobres e ricos, não pode haver listas de espera e negociatas de médicos na saúde, não pode haver uma justiça lenta e só ao alcance de quem pode pagar, não pode haver desemprego galopante (mesmo com a promessa do Judas Sócrates da criação de 150000 empregos), não pode haver escolas sem educação e sem reprovações, não pode haver um governo que venda a sua alma e o corpo dos seus eleitores só para que o maldito deficit seja controlado. Com políticos como os que temos e com as medidas que tomam, sempre a prejudicar quem menos pode, não restam dúvidas que se torna imperioso, urgente e absolutamente indispensável que uma nova revolução surja, mas para que não seja aproveitada pelos oportunistas, só terá consequências se surgir do povo.
publicado por Viriato às 23:59
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Sexta-feira, 7 de Março de 2008

A luta dos professores

Realiza-se no próximo sábado em Lisboa a grande manifestação nacional de professores, depois de outras nas capitais de distrito que mobilizaram muitos milhares de docentes a quem eu quero desde já manifestar o meu total apoio, primeiro porque fui professor no 1º Ciclo durante 32 anos e depois porque , para se conquistarem direitos, é necessário lutar por eles.

Se o Governo tivesse uma prática verdadeiramente democrática, não seriam necessárias estas lutas porque ele se preocuparia com o bem-estar dos seus cidadãos.

Sobre a avaliação, necessária, sem dúvida, é inconcebível que possa avançar a meio de um ano lectivo e sem existirem todos os instrumentos que são precisos. Já nem falo da complexidade de todo o processo nem da prudência que aconselharia a que tudo fosse testado num grupo restrito antes de o processo ser alargado definitivamente a todos.

Parece-me que o que o Ministério pretende é abrandar a promoção dos professores ou evitar que a grande maioria atinja o topo da carreira porque isso lhe custaria muito dinheiro. Tudo se resume, pois, a números uma vez que o deus supremo à volta do qual tudo gira e por quem todos os sacrifícios são permitidos tem um nome e chama-se défice. Esta é que é a verdade mas a senhora ministra não a quer admitir.

Não será com a demissão desta senhora que algo vai mudar porque, como aconteceu na saúde, «as políticas do governo são para continuar». Oxalá que Sócrates arrepie caminho pois, caso contrário, terá o destino traçado!

publicado por Viriato às 00:05
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Domingo, 17 de Fevereiro de 2008

Kosovo

O mais novo Estado do Mundo acaba de nascer hoje, 17 de Fevereiro de 2008. Chama-se Kosovo e tem uma bandeira com o mapa do país em fundo azul com seis estrelas brancas que foi apresentada no parlamento pelo presidente Jakup Krasniqi.
Os deputados kosovares aprovaram por unanimidade e aclamação a declaração de independência do território.
Resta esperar para ver o que reserva o futuro e que motivos apresentarão os políticos para negar a independência à  Abkházia, à Ossétia do Sul, ao País Basco...
A Lusitânia espera para ver e acredita que o seu dia também há-de chegar.
publicado por Viriato às 21:22
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Sábado, 26 de Janeiro de 2008

Protestos

Diz o povo, no seu milenar saber, que quem não se sente não é filho de boa gente. Não é pois de estranhar que assistamos diariamente aos protestos das populações contra o fecho de maternidades e urgências.

Recentemente soube-se do caos no Hospital de Faro com dezenas de doentes espalhados pelos corredores.

Em entrevista à RTP veio pressuroso o ministro da saúde esclarecer que o problema desse hospital é ter um aumento muito significativo de ocorrências nos meses de Verão em que a população triplica. Mas esse senhor está doido ou quê? Janeiro, que eu saiba, é um mês do Inverno mesmo que o sol dos últimos dias pareça querer contrariar o calendário mas os governantes que temos são «gajos» para decretar que tal aconteça. Cumpra-se - dirão - e até os astros terão de alterar as suas órbitas celestiais, as suas velocidades de deslocação desmentindo Newton, Copérnico e Einstein só para satisfazerem a vontade desta gente cuja vaidade e arrogância parece não ter limites.

publicado por Viriato às 19:04
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Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008

Inflação e aumentos salariais

Quando anuncia qualquer medida que considera positiva, o Governo tenta passar uma imagem de justiça social. Diz-nos a experiência dos anos que, quando se trata de aumentos salariais, essa é apenas uma miragem, pois as contas feitas baseiam-se na inflação prevista a qual, como todos sabemos, é sempre menor que a inflação que se vem a verificar.

Se estivessem verdadeiramente preocupados com o poder de compra dos portugueses, poderiam sempre acrescentar umas décimas a esse número que atiram para o ar; assim, ao limitarem-se à inflação provável, estão apenas a dissimular as suas intenções que mais não são que gastar menos desculpando-se com os sacrifícios que temos de fazer.

Os aumentos com base na inflação prevista diminuem sempre o poder de compra, não só porque quem faz essas previsões se engana sempre nos números como também porque há muitos produtos e serviços que não entram no cabaz de compras que serve de base ao cálculo da inflação; veja-se o caso do preço dos combustíveis que terá aumentado mais de 20% no último ano.

 

A pergunta que se impõe é: por que não tomam como base para os aumentos a inflação do ano anterior, essa sim um número já comprovado? A resposta é simples e clara: «eles» não querem verdadeiramente que o povo viva melhor.


Merecerão estes políticos de novo a confiança dos eleitores?

publicado por Viriato às 21:48
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Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

O sítio

    Devia ter ficado claro desde o início deste blog a minha insatisfação e revolta contra o poder central por sistematicamente fustigar com impostos todos os consumidores e por retirar regalias a quem tão poucas tinha; se o objectivo era a igualdade, pergunta-se por que não nivelar por cima, isto é, dar direitos a quem os não tem. Obviamente porque os interesses económicos falam mais alto, basta ver o quanto subiram as maiores fortunas em Portugal no último ano.
    Apesar de não ver partilhada a minha posição aqui neste cantinho, é com alguma satisfação que verifico que há mais gente a pensar como eu; é por isso que hoje apresento um artigo publicado no C.M. e que a seguir transcrevo, lembrando a todos que a Lusitânia saberá receber de braços abertos todos aqueles que resolverem fugir ou procurar abrigo.
 
O sitio, já se sabe, está cada vez mais mal frequentado. Pior ainda, está cada vez mais perigoso. Andam por aí bancários feitos banqueiros a pôr em causa o dinheiro de accionistas e clientes de instituições financeiras; andam por aí magistrados do Ministério Público em guerra com outros magistrados da mesma instituição; andam por aí inspectores da Judiciária a caluniar outros inspectores da mesma polícia; andam por aí dirigentes desportivos a afirmar alto e bom som que o futebol indígena é uma farsa de alto a baixo; andam por aí políticos a transformar a política num caso de polícia com histórias de faca e alguidar; andam por aí uns vândalos feitos ecologistas a invadir e a destruir propriedades agrícolas; andam por aí uns senhores liderados pelo Torquemada Louçã a tentar impor a ordem e os bons costumes; anda por aí uma GNR incapaz de prender e levar à justiça uns energúmenos que recebem apoios do Estado para vandalizar bens privados e infernizar a vida a cidadãos que trabalham; anda por aí um Governo do senhor presidente do Conselho, José Sócrates, que admite alianças na Câmara de Lisboa com os mentores políticos desses actos criminosos.


No meio deste triste espectáculo, neste infeliz e cada vez mais mal frequentado sítio, o desemprego aumenta de ano para ano, a economia desacelera, a Europa foge a sete pés e as únicas coisas que crescem são as receitas fiscais e a despesa do Estado. É verdade.

As contas publicadas dos primeiros sete meses de 2007 não deixam margem para quaisquer dúvidas. O défice do chamado subsector Estado caiu 22,6 por cento só por via do brutal aumento das receitas fiscais. Os números são eloquentes. Os impostos directos subiram 12,4 por cento e os indirectos 5,5. E depois de tantas reformas anunciadas, de tanta propaganda sobre o rigor e o controlo de gastos na Administração Pública, do corte de funcionários públicos e de outras coisas mais, a despesa do referido subsector subiu 4,1 por cento. E os gastos com pessoal cresceram 3,4 por cento. Sem manipulações grosseiras de alguns avençados socialistas, a realidade é esta. Nua e crua.

O Estado continua a gastar mais do que deve e a diminuição do défice só se faz à conta dos aumentos dos impostos e do verdadeiro assalto que a máquina fiscal anda a fazer a todos os cidadãos e empresas, com particular incidência nos que, desgraçadamente, não podem fugir para lado nenhum e têm de viver neste sítio perigoso e cada vez mais mal frequentado.

A situação, como se vê, é negra. E as soluções muito poucas. Resta aos cidadãos a fuga ou a procura de refúgio nos abrigos. Rapidamente.
 
António Ribeiro Ferreira, in Correio da Manhã de 20/08/2007

       
publicado por Viriato às 21:42
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Terça-feira, 15 de Maio de 2007

A capital


Toda a nação precisa de uma capital e a Lusitânia não foge à regra. Apesar de o problema ainda não se pôr neste momento dada a exiguidade do território libertado, ele brevemente estará na ordem do dia, pelo que avanço já com duas possibilidades.

Em primeiro lugar Folgosinho não deixará de se candidatar em virtude da sua estratégica posição nos Hermínios e também porque é um local cujos poucos habitantes («Ainda há pastores?») afirmam ter sido berço do grande Viriato.

Viseu, sempre esquecida pelo poder central (veja-se que foi preterida no Euro 2004 e na instituição da Faculdade de Medicina) também entrará na corrida para ser a capital não só pela sua dimensão mas porque até já lá tem o Monumento a Viriato.

 

Longe destas inquietações está a capital de Portugal, absorvida que anda pelo problema das eleições intercalares para a Câmara Municipal e uma outra capital, muito antiga e com muitos monumentos, inspirou-me as seguintes linhas:

Atenas

 

Há muito tempo, numa planície da Ática

onde os dias eram suaves e as noites amenas

nasceu uma cidade que pôs em prática

uma nova forma de governo democrática

com sábios, filósofos e mecenas.

 

 Na Acrópole, onde o Parténon se erigia,

os muitos habitantes da velha Atenas

que procuravam a todo o custo a sabedoria

adoravam os deuses e a democracia

e na ágora celebravam com verbenas.

 

Hoje, no cimo daquelas colinas

onde os pastores tocavam avenas,

erguem-se templos cujas ruínas

repousam abundantes e sibilinas

lembrando os deuses nas tardes serenas.

 

Mas lá para os lados da Ibéria,

onde o Tejo, cansado, abraça o mar,

há um povo com reformas de miséria

que o luso Sócrates hábil na léria

vai sem custo conseguindo enganar.

 

Os homens e mulheres desta Nação

que são pessoas e não animais                               

repetem sem parar esta questão:                

por que é que os ricos cada vez mais ricos são

e os pobres são pobres cada vez mais?

 

Por todo o lado, no campo e na cidade

ai como vive e sofre este povo

que inventou o sonho e a saudade

e vai suportando esta realidade

à espera que Abril venha de novo!

 

 

publicado por Viriato às 22:22
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