Realiza-se no próximo sábado em Lisboa a grande manifestação nacional de professores, depois de outras nas capitais de distrito que mobilizaram muitos milhares de docentes a quem eu quero desde já manifestar o meu total apoio, primeiro porque fui professor no 1º Ciclo durante 32 anos e depois porque , para se conquistarem direitos, é necessário lutar por eles.
Se o Governo tivesse uma prática verdadeiramente democrática, não seriam necessárias estas lutas porque ele se preocuparia com o bem-estar dos seus cidadãos.
Sobre a avaliação, necessária, sem dúvida, é inconcebível que possa avançar a meio de um ano lectivo e sem existirem todos os instrumentos que são precisos. Já nem falo da complexidade de todo o processo nem da prudência que aconselharia a que tudo fosse testado num grupo restrito antes de o processo ser alargado definitivamente a todos.
Parece-me que o que o Ministério pretende é abrandar a promoção dos professores ou evitar que a grande maioria atinja o topo da carreira porque isso lhe custaria muito dinheiro. Tudo se resume, pois, a números uma vez que o deus supremo à volta do qual tudo gira e por quem todos os sacrifícios são permitidos tem um nome e chama-se défice. Esta é que é a verdade mas a senhora ministra não a quer admitir.
Não será com a demissão desta senhora que algo vai mudar porque, como aconteceu na saúde, «as políticas do governo são para continuar». Oxalá que Sócrates arrepie caminho pois, caso contrário, terá o destino traçado!
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